O prédio da secretaria de educação teve a energia cortada na manhã de hoje, coisas do destino.Sem carro, hoje (quinta-feira, 24) pela manhã, mudei meu itinerário de minha caminhada - corrida.Fui subindo pelo ladeira do Onofre Lopes e, perto da Secretaria da Ladeira do Sol, Educação, encontro um artista. Poeta, cantador, cordelista, uma das figuras mais expressivas da cultura potiguar.
Não vou dizer seu nome para não comprometê-lo. O cumprimentei, tenho muita admiração por esse artista, e ele, sorrindo, me conta episódio interessante. Estava vindo ele da Secretaria. Assim como centenas de outras pessoas ele tem dinheiro atrasado para receber de Micarla. Estava lá tentando receber por vários serviços prestados.
O meu amigo é mais uma vítima dos calotes da atual administração. Disse que estava sendo atendido por uma funcionária na sala, pedindo para ver seu “processo” na intenção de saber se havia alguma previsão do dia do pagamento. A funcionária, legal, disse ele, estava virando as gavetas, tentando achar o documento. Vira pra lá, abre aqui, abre acolá, de repente: tudo ficou às escuras em toda a secretaria.
A Cosern, justamente por falta de recebimento da conta de energia elétrica, mais uma vez, cortou o fornecimento. O cordelista conta que ficou sem acreditar, pasmado, surpreendido, e às escuras. A moça, como não podia mais achar nada no breu de sua sala, pediu para ele voltar outro dia. O artista bem que podia aproveitar esse evento tão triste e escrever algumas quadrinhas para o nosso deleite.
Lá fora, me disse, um monte de gente de cara amarrada, amuados.Certamente, mais gente tentando receber dinheiro devido por esse caos adminsitrativo que assola Natal. E por falar em calote, foi a secretaria de educação, ainda na administração Edivan Martins, que ficou devendo a turma de professores, árbitros, assistentes, cronometristas que trabalharam nos JEMs (Jogos Estaduais do Município) de 2009.
Estão sem receber até hoje, acho, Voltando ao artista. Ele, tranquilo como sempre, ainda conseguiu sorrir do episódio. Mais um despropósito da administração da pevista, que seria cômico senão fosse trágico para o povo de Natal.
25 Nov 11